BOAS VINDAS

Este trabalho foi realizado pelos alunos do colégio JOHAS. Esperamos que gostem de nosso trabalho!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Agradecimento



Este trabalho foi realizado de modo fácil, gostoso, devido ao interesse que os alunos demonstraram em realizar as tarefas propostas. Nossa exposição foi show, graças a vocês que organizaram, trabalharam, trouxeram objetos....Obrigada!Professora Karine de Oliveira

PS: falta foto da 6ªA e da 7ªB

Fotos



Mostra




Nos dias 15 e 16 do mês de julho a E.E.B.João Hassmann promoveu uma mostra com o tema: Memórias, Lembranças e permanências. Os alunos das 6ª séries e 7ª séries aproveitaram o momento para expor os vários objetos antigos que havíamos utilizado nas produções de memórias. Também ajudaram as professoras Zelir e Kátia a fazer os pratos típicos das famílias do bairro Guarani. Seguem as fotos do evento.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Selecionado



Este foi o texto selecionado pela comissão, foram feitas algumas correções nos aspectos gramaticais e o texto escolhido é da aluna Ana Clara Schlindwein da 6ª Série C, agora irá participar da etapa municipal, feita pela secretaria de educação:

A Minha Lousa e a Caneta de Pedra

Na minha infância não existia televisão nem rádio, então tínhamos que inventar várias brincadeiras nas ruas do nosso bairro que eram ruas de barro e sem movimento. Nos juntavámos com algumas amiguinhas. Na época não podia brincar com meninos, eram separados_ brincávamos de roda, de casinha, mas a preferida era amarelinha.
Estudei no colégio Feliciano Pires que fica no centro da minha cidade, ia para escola de pé, era outro prédio diferente do que é hoje, fiquei lá até acabar o complementar_ assim era chamado, depois que acabávamos a quarta série fazíamos mais dois anos. A minha roupa de uniforme era saia plissada azul e camisa branca. A educação era rígida, e se não fizéssemos alguma atividade ganhávamos castigos. Lembro que nos tínhamos uma lousa_ um quadrinho de pedra que tinha um lápis também de pedra e vinha dois paninhos amarradinhos, tinha até uma moldura, ali fazíamos as continhas ou escrevíamos, na carteira tinha um potinho com água então nós molhávamos o paninho e apagávamos, só escrevíamos no caderno o que era “muito importante”, porque ele deveria durar o ano todo. Me lembro da professora do segundo ano primário, quando eu não fazia o dever ela me chamava lá em cima, onde tinha a mesa dela tinha um tipo de um palanque de madeira para ter melhor visão dos alunos, então ela cantava: “Lá em baixo toda coisa ajuda e aqui em cima toda coisa muda...” ela pedia quantas continhas eu tinha errado, pegava minha mão e dava os tapas de acordo com os erros.
Nas datas comemorativas ganhávamos uma boneca, tínhamos que brincar com ela por um tempo e depois devolver, então minha mãe tirava as roupinhas velhas, lavava e me dava de novo no natal, pois não tinha muitas opções de presentes, este seria ganho em várias datas, apenas com roupas diferentes que minha mãe fazia com muito carinho.
Quando completei dezoito anos conheci meu marido que era jogador, namoramos dois anos, somente conversando na frente dos nossos pais, lembro que ele vinha de bicicleta e as oito horas tinha que ir pois sem luz nas ruas ficaria difícil de ele voltar para casa, tinha vezes que meus pais deixavam nós darmos uma volta de bicicleta, então ele me levava no guidão, andávamos nesta rua do bairro. Hoje em dia é tão diferente! Tenho medo até de deixar minha neta sair de casa, muito movimento nas ruas e muita violência e até mesmo medo de que se envolva em más companhias, em drogas.
Construímos aqui mesmo uma casinha de madeira. Foi uma época sofrida bem distante das tecnologias e as várias máquinas que temos hoje, eu tinha que lavar a roupa no cocho_ tanque fora de casa, usávamos aqueles fornos a lenha grandes, ferros de pedra pesados, que bom que mudou muito essa realidade das mulheres!
Depois que tive o primeiro filho eu comecei a trabalhar, estava fazendo o normal que durava apenas dois anos. Comecei a dar aulas em 1954 no colégio que minha neta estuda, eram uma casa alugada, num chairel bem antigo, foi meu sogro que começou com ele depois compraram aquela sala que hoje fica a biblioteca da escola atual. Eram três turmas e duas professoras, eu era professora e diretora, trabalhava com duas turmas na mesma sala, primeiro e segundo ano. Eu dividia o quadro em duas partes, uma para cada ano, enquanto eu passava uma continha de mais para o primeiro ano somar com fósforos, ia ditando para o segundo uma frase. Assim como na minha época aqui também tinha castigo para quem não se comportava, todos tinham cadernos. O professor era visto como uma autoridade e tinha que ter muito respeito por ele. Lembro de quando chamei a mãe de um dos meus alunos que era indisciplinado, ela deu-lhe uma surra na frente dos outros alunos e falou para eu dar uns “cascudos”_ socos na cabeça dele se não mudasse. Eu castigava, mas nunca tomei outra atitude, gostava de meus alunos.
Outro fato que me marcou minha vida foi a enchente de 1984, que deixou as famílias aqui do bairro sem lar, já tinham mais casas nesta neste ano, meios de transporte como bicicleta, carro de mola, ônibus. Deu uma grande enxurrada e o rio subiu e minha casa ficou com água até a cunheira, fiquei separada de meus filhos, cada um foi para um canto... e longe de meu marido! Durou três dias e depois tinha todo aquela lama para nós limparmos. Reconstruímos tudo com muito esforço, tivemos outras enchentes como em 2008, mas nos preparamos para elas, mas igual a tragédia de 84 não houve outra...
Meu nome é Benta Helga Silva Montibeller, sou viúva, tenho 79 anos, nasci e vivi neste bairro e fui a primeira professora e diretora da escola que minha neta estuda, hoje chamado de Colégio João Hassmann, mas esta é outra história!


Boa Sorte, Ana Clara Schlindwein!

Exposição



Junto com a escola e demais professores faremos uma exposição dos diversos objetos antigos e fotos que os alunos trouxeram para as aulas, será nos dias 15 à noite e 16 o dia todo...

Fotos

fotos



Passeio



Aproveitamos o tema trabalhado nas aulas de português e o aniversário da cidade de Brusque para continuarmos com as memórias, agora não apenas do bairro, mas da cidade. Marcamos e fomos fazer uma visita à "Casa de Brusque", lá encontramos objetos antigos, fotos pertencentes a Carlos Araújo Brusque, que deu nome a nossa cidade, fotos antigas da cidade, das catastrofes naturais que o município sofreu, a história do JASC que será em setembro aqui na cidade.
Os alunos aproveitaram o momento, fizeram perguntas e aprenderam bastante.

Textos



Quando os alunos terminaram de digitalizar suas produções e fazerem as postagens no blog, ficaram com a tarefa de ler alguns textos dos colegas e fazer os comentários, enquanto a professora fazia a pré-seleção dos textos para comissão julgadora da escola escolher um por categoria e encaminhar à secretaria municipal de educação.
Os alunos selecionados pela professora foram:
Itala da 6ª série A com o texto: Não podia falar a língua de meus ascendentes.
Thalia da 7ª série A com o texto: O cortume brusquense.
Daiana da 6ª série B com o texto: Os anos de luta.
Ana Clara da 6ª série C com o texto: A lousa.
Camila da 7ª A com o texto: A carroça de leite.
Andressa da 7ª A com o texto: Mulher não precisa ter estudo.
Douglas da 7ª B com o texto: Minha vida naquela época.
Yuri da 7ª B com o texto: Minhas grandes recordações.
Camila da 7ª B com o texto: Vida que virou história.
Natali da 6ª A com o texto: São velhos tempos.
Darla da 7ª B com o texto: Vim à Brusque para trabalhar.
A equipe que fará a escolha levará em consideração o tema: O lugar onde vivo. Boa sorte aos selecionados pela professora e vamos esperar para saber qual é o selecionado para etapa municipal.