BOAS VINDAS

Este trabalho foi realizado pelos alunos do colégio JOHAS. Esperamos que gostem de nosso trabalho!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Érica



Escola: Escola de Educação Básica João Hassmann Aluna: Erica da Silva Porto
Série: 6ªB
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Karine De Oliveira

A ENCHETE DE 84

Meu nome é Regina de Freitas, tenho 55 anos, nasci em Brusque, Santa Catarina aonde eu morava era um lugar tranquilo não tinha bandido, na nossa casa não tinha nem portão e era muito tranquilo. A minha origem é portuguesa, sou filha de Luis e Maria Freitas, minha infância não lembro muito pelo fato de ter muitas doenças, mas costumava brincar com irmãos e amigos de: escorregar nos morros de folhas de coqueiro, brinca de boneca de milho.
Estudei no colégio Cônsul Carlos Renaux. Trabalhava de dia e estudava a noite, ia para a escola a pé, estudei até o segundo grau, parei no primeiro ano para descansar e nunca mais voltei. Quando jovem, praticava esportes para me divertir, o vôlei era o meu esporte preferido, minha música preferida era dos cantores Tonico e Tinoco : “Moreninha linda”, o meio de transporte era a pé ou de bicicleta. O namoro naquela época era muito respeitado, até pegar na mão tinha que ter muito conhecimento. Nunca sofri nenhum acidente.
Lembro de uma catástrofe natural em 84, a enchente foi muito terrível, morreram muitas pessoas, casas foram alagadas, nós fomos parar na casa da minha tia Patrícia, irmã da minha mãe, lá era um pouco mais alto, ficamos um bom tempo lá, mais estávamos loucos para voltar para casa, ver se tinha muito estrago. A casa estava destruída porque era uma área de risco, tinha um morro a cima da nossa casa e o morro veio a baixo, foi a coisa mais terrível que me aconteceu, foi muito difícil conseguir as nossas coisas de volta, não tinha sobrado nada, pensamos em desistir, mas a nossa vida não tinha acabado estava apenas começando, pela segunda vez e deveríamos nos dedicar.
Estes são os momentos importantes da minha história, sempre com a minha mãe que me acompanhou e me ajudou até morrer, quando a minha mãe morreu eu e ela estávamos dormindo quado eu acordei e ela não tinha acordado... e ela sempre acordava primeiro do que eu! Fui no quarto dela, vi que ela estava muito gelada e não me respondia. Eu chamei a ambulância, quando a ambulância veio ela passou direto da nossa casa e comecei a gritar! E a minha vizinha correu atrás da ambulância que parou e voltou. Quando falavam que ela tinha morrido foi a coisa mais terrível que me aconteceu...choro até hoje e estou com depressão, choro todos os dias da minha vida, fico trancada dentro de casa...Que vida mais triste.
Memória de Regina de Freitas,55 anos, cidade de Brusque, Santa Catarina, feita pela aluna Erica da Silva Porto da 6ª série B,da escola de Educação Básica João Hassmann, situada no bairro Guarani em Brusque SC.

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